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Ap​ù​tece​-​me!

by Ângela Polícia

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1.
Dùbio 03:54
Sou dúbio, completamente múmio Vivo num absurdo que se foda o lúcido Bruto e mórbido, Quero é subir cada vez mais fundo Que se foda o mundo, que se foda tudo! Viva a merda de vida congelada, heroína na narina Overdose cá em cima, não há cura neste prisma Colado e agarrado à rotina, rebolo em direcção à morte Desvario na ravina Avario por dentro, um desvio do centro, Choco mesmo de frente com a vergonha da mente, Esqueço aquilo que sinto, minto, grito, frito, Dito por não dito, lixo, esguicho de tinto no olho do frincho O chão que piso não é liso, é manhoso e movediço, Estranho caminho que sigo de frente para o abismo Vou na frente desfocado, no topo nublabo Mijo um arco-iris cá de cima, puto malcriado! Sempre colado, sempre desvirtuado Daquilo que importa pois trancou a porta, (estou mesmo chapado!) Lado a lado com o perigo sinto-me mais vivo Sinto-me guloso, sinto-me mais rico Sou dúbio, completamente múmio Vivo num absurdo que se foda o lúcido Bruto e mórbido, Quero é subir cada vez mais fundo Que se foda o mundo, que se foda tudo Não tenho amor próprio, sou rato de esgoto Não nades comigo, afogas-te logo Tenho asas de betão, p'ra voar bem fundo Eu mostro-te o nada, o vazio que curto Dentro de mim, dentro de um sonho arrasado Pela realidade que vivo, caguei não rimo Digo o que sinto, porque o que quero é tinto Do mais sujo que apague pensamentos lixo A minha visão turva, Não virei na curva, Vou sempre em frente, alguém que me apanhe O céu está muito estranho, rosa e castanho Quem é que comprou estas tilhas, mano? Boas comó catano, furam o tecto do crânio Saio de mim para fora, Ângela Propano Propago-me profano Sou lixo da semana Todos atiram-me fora Mas ninguém me apanha Sou dúbio, completamente múmio Vivo num absurdo que se foda o lúcido Bruto e mórbido, Quero é subir cada vez mais fundo Que se foda o mundo, que se foda tudo
2.
Perigo! 04:49
Eu sei quem sou Quem sou só eu sei Quem não era eu Eu dei a alguém Faz de conta que eu não te contei Eu era esse alguém Que fugiu e nunca Se mostrou a ninguém Digam o que digam sei quem sou Sou o mau da fita, tu brincas mas não trincas o meu flow Brinco na areia com as teias do teu gozo Finto as intrigas, duvidas do meu esforço? Rasgar mentes é o meu dom Pular a cerca de manhã cedo eu vou A cultivar trevos no deserto estou Não deixo que o sonho se enterre no lodo, yeah! Fugi p'ra bem longe daqui Aqui ninguém fala, só comem o que lhes dizem Não acredites no que te digo Segue em frente e chega são no teu abrigo, yeah! Lá fora o perigo, cá dentro o inimigo Ueeeh!!! Ueeeh!!! Lá fora o perigo, cá dentro o inimigo Ueeeh!!! Ueeeh!!! Eu sei quem sou Quem sou só eu sei Quem não era eu Eu dei a alguém Faz de conta que eu não te contei Eu era esse alguém Que fugiu e nunca Se mostrou a ninguém Temos olhos dentro de nós, não vemos Eles sabem bem o que nós queremos Tiram-nos tudo, deixam-nos mudos Ficam com os lucros e nós com o fundo Frutos e furtos, mundos corruptos Homens soturnos e escravos imundos Fica com o que é teu, dá cá o que é meu Contigo não brinco, não quero sabor teu Sempre sonhei com humanidade unida Fico doente com tanta injustiça Não quero saber mais, não quero o presente Só quero fugir destruiram o ventre Lá fora o perigo, cá dentro o inimigo Ueeeh!!! Ueeeh!!! Lá fora o perigo, cá dentro o inimigo Ueee!!! Ueeeh!!! Eu sei quem sou Quem sou só eu sei Quem não era eu Eu dei a alguém Faz de conta que eu não te contei Eu era esse alguém Que fugiu e nunca Se mostrou a ninguém
3.
Eu venho de outras zonas Pesca a representar neste trapdub Sou inventor de histórias Fico na lua sempre stoner na minha bubble, what? Na Babilónia sobrevive quem luta forte na zona, Sai da colónia, liberdade não é privilégio, é honra Guerreiros da vida não sonham Enquanto falsos ídolos só vivem de broma Real dealers não entram na onda Quero ver os dentes que mordem na sombra Fica na tua senão levas a folha Dreadlocks na esquina desfolham a bófia O ódio prolifera nas águas de Jah, olha Aqui não há love, aqui só há droga Não toca no jogo se tu não joga Qual é porra? Estamos no topo do fundo brother Estamos na onda do fim, goza Levamos os pesos da vida noutra Ninguém sai vivo daqui! Baza se não tens dinheiro, gastas para esquecer Nadas no viveiro, vives p'ra morrer Quem dá mais? Quem dá mais? Direito é sofrer Liga o teu ecrã e escolhe o que comer Falas nesse beco calam-se Preso e culpado por não ter gozado a vida mais!? Não tenho tempo, nem pensamento Vou na corrente que me sustenta Quero viver inocente para sempre Bárbara vida mãe Que mal é que eu fiz bem? No truque é que eu finjo bem. Que mal é que eu fiz bem? No truque é que eu finjo bem. O escuro ilumina quem? O escuro ilumina quem? Na Babilónia... Drama na Babilónia Babilónia Drama, hey Flex na Babilónia Babilónia Flex, hey
4.
O que eu quero mais É curtir cada vez mais É destruir mais, Aquilo que queria e digo Não faço porque sou mendigo Quero um álbum novo p'ra meter nojo Nojo a quem me conhece No fundo ninguém me conhece, No topo toda a gente esquece No lixo ninguém remexe, O luxo todos querem mas ninguém cede Tenho uma sede que nunca morre, por vezes adormece Acorda logo quando o som aparece, Sobe e desce, sobe e desce, shit do best! Quero beber, quero beber até mais não poder Pudera, tudo neste corpo entra tão fast Não tenho vergonha, Não tenho tudo? Tenho o meu people da zona! Roda a farra no meio da onda, abre a mochila aqui mesmo na pista Saca a botelha, afasta a fedelha, Não tenho paciência p'ra quem me cobiça, p'ra quem me desdenha, P'ra quem me acusa de não ter juízo, Não és meu juiz, nem eu sou actriz Sou filho da casa, sou filha da outra que ninguém repara Filho da sociedade que me estraga Filho do vício, primo do estrilho Neto do bizno, Amigo do amigo, Daquele amigo que era teu e agora é meu Agora é meu!!! O que eu quero mais É curtir cada vez mais É destruir mais, Aquilo que queria e digo Não faço porque sou mendigo (2x) Os mothafuckas representam, Eu dispenso apresentações Não quero saber quem comanda, Não quero o teu trono, só quero explosões Sou maluco, sou gindungo, sou matumbo Sofro de um mal do tamanho do mundo Não tenho conserto, mas tenho concertos Desconcerto mentes na linha da frente, Com uns quantos versos, com uns quantos versos Talhados a sangue e ferro, Levo esta condição mesmo a sério, Quem vem de baixo não volta mesmo Quanta fome, quanto lixo Quanta merda tive de aguentar Para chegar a nenhum lado Agora o meu fado é outro Estou noutra margem com vista de ouro Caguei no dinheiro sou louco A minha fortuna é o gozo! A minha fortuna é o gozo! Eu cá me afogo no ócio Estrangulo a morte enquanto posso Estalar mais um osso Mergulho mais fundo no poço Aumento um pouco mais a dose Aumenta um pouco mais a tosse Bebo um pouco desse grog Foda-se, este mambo é forte! Deixo a mente voar para bem longe Sou pedrado, não sou monge. Fujo p'ra outro lugar muito melhor Do que esse mundo tem pra me dar, Eu vou mergulhar, eu vou me afogar, Para me perder, até me encontrar Onde irei cantar, yeah!!! O que eu quero mais É curtir cada vez mais É destruir mais, Aquilo que queria e digo Não faço porque sou mendigo
5.
Jogo Baixo 03:58
Quem quiser morrer que diga Tenho o meu dedo pronto a apertar o trigger Sujo a minha cara todos os dias, sou nigga Tou-me a cagar pra toda a gente que o sinta Fixa a minha cara linda brinca com as tuas ninas Dicas e brigas são o pão do dia Conversas da treta vendem que nem ginja Estamos ricos meu brotha, quem diria? Diga, diga, diga o que quiser Tou-me a cagar pra toda a gente que me quer (foder) Estou fora da linha, fora do controlo Paga o que deves, não tocas no meu bolo Eu vim p'ra ficar, vim do outro lado Esquece quem controla o jogo, mano, eu baralho! Dou cartas a carteiristas que tu pagas Falas e mais falas não passam de penas, bro, eu tenho asas! Benvindo ao jogo baixo Brotha come brotha Sista fode sista Os cães na parada fomentam a seita Enquanto os gatos limpam a colheita Lembra-te que o sonho vive-se acordado Dormiste na praça e foste banhado Acordaste fora da zona de onde vens Tentaste ligar mas o tele não tens Estamos à parte da sociedade que nos cala Parte essa montra, acabaram-se os saldos, não fala! Bala na cara de quem manda! Bandana na boca de quem mama! Sufocamos corruptos com grana! Acabamos com quem gama! Põe esses putos de gatas, desarma à chapada Novelas de fama só p'ra quem derrama sangue No fim do lance, quem não mata perde Quem não come dança! Benvindo ao jogo baixo Brotha come brotha Sista fode sista
6.
Underground 04:07
Quem é que vai ao centro agora? Quem é que vai pegar no mic? Ninguém sai daqui p'ra fora Quem não fala ouve, foda-se! Hoje o mic é meu, a palavra é minha Quem não chegou primeiro perdeu Sou daqueles gajos mesmo chatos Que não se cala quando fala Quero ter o meu tempo de antena Dizer qualquer coisa, qualquer cena No underground ninguém nos ouve, Do underground ninguém se lembra, foda-se! Cá em baixo é muito escuro, Cá em baixo é mesmo escuro Tão escuro que a vida só sorri P'ra quem morrer primeiro! Aqui ninguém nos ouve Daqui ninguém se lembra Somos a vanguarda eterna De gerações cuja voz não soou Ouço os ventos do amanhã De um futuro que nunca virá Sou um péssimo pessimista Que pregoa aos nossos ratos orishás, foda-se! Todos os dias são uma luta para ver a luz Todos as noites são uma guerra Os pesadelos são a nossa cruz Não temos tempo a perder A nossa vida está por um fio Não temos nada a temer Não nos vão calar o pio, foda-se! Regra nº1 deste clube: Não podes falar deste clube! Regra nº 2 do clube: Não fales deste clube, foda-se! Regra nº 3: Uma luta de cada vez! Regra nº 4: Toda a gente combate! Regra nº 5: Todos param quando ouvirem um grito! Regra nº 6: Aqui dentro não há reis! Regra nº 7: Numa luta ninguém se mete! Regra nº 8: Quem vence não ganha biscoito! Regra nº 9: Aqui dentro toda a gente come! Regra nº 10: A luta é todos os dias e não uma vez por mês! Regra nº 11: Ninguém aqui trabalha para o bronze! Regra nº 12: Não fales deste clube, foda-se! Não temos tempo a perder A nossa vida está por um fio Não temos nada a temer Não nos vão calar o pio, foda-se!
7.
Adrenalina 04:38
Sai da frente, sincroniza Com o caos aqui na Lisa Quem não faz só analisa E quem caça traz a guita P'ra casa, a família ressaca Quer comida rápida, a mesa está fraca Migalhas não duram, os ratos perduram A vida é fodida p'ra quem se segura Não há tempo p'ra descansar Deitaste-te agora? Levanta já! Água quente? Nã! Roupa pronta? Nã! Chegar cedo? Yah! Tempo p'ra mim? Não há. Corre, corre mais, não pára Flex, flex, flex na estrada Mais rápido que hoje é quarta A minha vida é uma autoestrada Dança firme e sem demora A adrenalina flui no teu corpo agora Na cidade tudo se atropela e ninguém te chora Larga tudo e vai daqui p'ra fora Corre atrás do teu verde Não te deixes atropelar Liberta-te por dentro Para o sonho te alcançar Muito peso nos ombros, trago uma comunidade no lombo Aqui o trabalho é longo, retorno é p'ra quem alimenta o sonho Não fiques parado no gozo, atrasado no golo, fardado de estrondo, Liga-te á vida ou nada, que a morte por ti não tarda! Levanta do chão, levita no ar Aprende a sorrir que a vida também brinca Abre o coracão, deixa a vida entrar Não vês aquilo que realmente precisas? Swag! Flex! Ginga! Corre! Vinga! Nigga! Sai! Cala! Estica! Vai! Bule! Bala! Estrondo! Dá-lhe! Bate! Salta! Fica! Bebe! Fuma! Baza, baza, baza! Dança firme e sem demora A adrenalina flui no teu corpo agora Na cidade tudo se atropela e ninguém te chora Larga tudo e vai daqui p'ra fora Corre atrás do teu verde Não te deixes atropelar Liberta-te por dentro Para o sonho te alcançar
8.
A toxina flui pelas veias de um indivíduo morto numa esquina Agarrado a uma seringa dispensado pela vida, olho para o lado siga Não páro, não olho, não quero ser uma testemunha da cidade, Ninguém sabe o que é a verdade mas toda a gente sabe que a mentira é lavável, mentes curtas são fáceis de ruir. A sério! Não estou a mentir apesar de rir de tudo Sou cego, surdo e mudo. No silêncio está a farsa e a virtude anda fraca, Deslizo pela cidade de maca, sem makas A chuva ácida é o meu soro e o fumo negro é meu dono Um adorno na existência que reprovo enquanto o meu povo morre, Continuo sóbrio, conformo-me com o óbvio, apago o meu código Alimento o teu ódio, fico paranóico. Mais perto de mim morto, Mais longe de mim próprio. Vaaaaai! Tenta a tua sorte na cidade grande Saaaaai! De dentro p'ra fora de nunca p'ra sempre Caaaaai! Da colina verde para o chão cinzento Aaaaaai! Não consegues vingar-te nesse sustento Quanto queres pela tua liberdade? Quanto pedes pela tua sanidade? Fica d'olho bem aberto, protege a tua enquanto eu entretenho Ninguém p'ra te dar conforto, tens de aguentar Vida de cidade é um esgoto, não tens de ficar Hienas olham de lado, ninguém sabe quem é quem A desconfiança é tal, não importa de onde vens. (Refrão) Vaaaaai! Tenta a tua sorte na cidade grande Saaaaai! De dentro para fora de nunca para sempre Caaaaai! Da colina verde para o chão cinzento Aaaaaai! Não consegues vingar-te nesse sustento Aaaaaahhhh! Aaaaaahhhh! Aaaaaahhhh! Aaaaaahhhh!
9.
Babilónia 06:17
Quem não tem nada não Fica na Babilónia são Tronos de sangue em vão Todos desta pra melhor Quem não se insurgir já não ficará pra contar! Quem não acreditar não ficará pra lembrar! Quem não se unir não vai parar de fugir, meu irmão! E se fugires não tenho rancor de ti, minha irmã! Junta-te a nós minha irmã! Junta-te a nós meu irmão! Juntos somos mais fortes Separados é que não! O sistema não nutre amor por nós O problema reside no medo O medo impede que o sonho vá Por aí cultivar mais sementes Quem não tem nada não Fica na Babilónia são Tronos de sangue em vão Todos desta pra melhor De onde vens? Onde vais? Onda vem, onda vai Quem te viu? Onde estás? Onda vem, onda cai Quem te tem? Quem te dá? Ontem sim, hoje não Quem te tem? Quem te dá? Ontem sim, hoje não Quem não tem nada não Fica na Babilónia são Tronos de sangue em vão Todos desta pra melhor
10.
Os meus manos não acreditam em mim Os meus medos acreditam Alguns manos acreditam em mim Sem caminhos bifurcados perpétua afinidade Se enriquece laços dos meus medos alguns fazem retratos Um esboço rasurado, crava em mim a bruta febre Farpas furos, estilhaços, transformei em poeira o sopro, Divindade com silêncio o diálogo, Arte exílio retirado, num dilúvio criativo, Sei do risco de naufrágio, eis minha ilha, meu abismo Diante disso, abismado, como um auto-latrocínio Válvula de escape alívio, onde meus demónios bailam, Nona sinfonia de Beethoven, vejo em mim o próprio medo Um estar dualidade, personagem fictício, cúmplice da própria morte Nos cumes do desespero, logo queda livre Alguns manos não acreditam em mim, pérolas nascem de crises Meu cenário determino, não os vejo por aqui, porque não temos raízes Não somos amigos, não beberam do meu íntimo; de onde meus medos acreditam... Os meus manos não acreditam em mim Os meus medos acreditam Os meus manos não em acreditam em mim Fazem de conta que vivem em mim Nunca ligam p'ra saber de mim Onde estás meu irmão Caim? Onde estavas quando precisei de ti? Onde lavas essas duas caras? As mágoas calas não dizes nada Cala-te agora sou eu quem fala mal Sou quem traz a arma, não duvides, pára Sem dinheiro estava, 1000 concertos dava Voltava p'ra casa, sem as contas pagas No escuro nadava, deve ser do karma Toda a gente paga, nesta minha fábula não há contos de fadas, foda-se onde estavas? Vou varrer a casa, vou comer carcaças Vou colher a lavra, vou cuspir mais lava Vou ganir bem alto, vou rugir meus prantos Digerir os sapos, discenir o antes Abafar os cantos, polir diamantes Vou vendê-los caros, estou farto de escarros Sai já do meu carro, estás todo cagado Bro tu és um cágado, bro tu és um fardo Já vivo o meu fado, já tenho os meus gastos E tu só me gastas, sugas minh'alma Que era muito calma, agora é salgada Mas não sou tempero do teu pensamento Não sou um borrego nem tu o novelo Desse teu enredo que é só sofrimento Bro não queres falar, tu só queres calar As vozes que em ti vivem, vozes que te dizem O quão ausente estás, de ti não te vás Um irmão alimentas não comes por trás Os meus manos não acreditam em mim Os meus medos acreditam Agora estou no topo bro Agora estou a viver o sonho Agora não sou sonhador Agora sou eu quem tem o dom Agora já gostas do meu som Agora queres dar mais atenção Agora já gostas do meu tom Agora queres um pouco do bolo Agora sou cereja no topo Agora respirar um pouco Agora vou enconstar um coche Cala-te e conduz o meu Porsche, yeah! Sentirás o sabores do topo, Topou com o silêncio de muitos Os que permanecem ilesos aos fortes mares, Abrupto caminho, Pulsa no sangue o alívio, Carrego alquimistas comigo Do ouro de algumas amizades sinto, Do topo vejo mais claro brindo Festejo ao meus medos e à queda dos inimigos, À coragem e o sentido Nobreza de espírito, Os medos supero de onde tudo acredito, Coragem e o sentido Nobreza do espírito
11.
Rimas são caras na vida de um gajo Puxa da melhor que tens mas não falhes Entra na roda, desvia a facada, Envia de volta e acerta na cabra Cada verso é uma nota de cem Acaba essa rima, não vem que não tem, Pega no mic, incendeia a plateia E rega com whisky para ver se ela arde bem, arde bem Aqui em cima tudo vai e vem Tudo sobe a mil e 100, todos querem tar na foto Inventa uma pose no game 666 número do gajo que contratei Tudo o que aprendi ontem reneguei Se dormi hoje, nem sei Não conto horas no meu Huawei!Huawei!Huawei!Huawei! Sempre a correr, não páro p'ra ver Não tenho tempo porque o tempo é dever Agora sou eu que faço acontecer Traz a família e amigos, vais crer! O tele não pára p'ra respirar O meu agente só me quer a tocar A minha vida é a cantar e encantar Toda a gente sabe onde encontrar-me Estou na lua, vim fumar um No estúdio a fazer um número 1 Estou no palco a espalhar voodoo Quando passo no ecrã: Boom! Boom! Estou nas nuvens, no meu harém A arrebentar rebentos sabe bem Como como nunca e bebo champagnhe Rejeito chamadas no Huawei! Huawei! Huawei! Huawei!
12.
Faz muito calor cá fora E os putos na esquina esperam Que o cash caia numa hora Como a chuva que em Abril vem Carros passam em marcha lenta Corpos claros procuram bronze Cada um segue o seu rumo Aqui tão perto mas tão longe Bebo água e não sinto nada Dá-me um coche dessa cevada Porque a vida em mim já não nada E eu não gosto de viver sóbrio Não sei o que faço cá fora Vou mas é voltar para dentro Antes que a noite caia agora E me engula para sempre O ritmo da cidade não pára A vida desta gente não anda O sol que brilha no céu não sara A dor que pulsa cá dentro é que manda O improviso na cidade não pára Fica na tua senão vais ser atropelada Um gajo anda nesta Babilónia p'ra fazer nada Fumemos um blunt p'ra sintonizá-la Não quero saber da vida dos outros, sista, continuo na minha Quero viver outra vida pois já não estou a aguentar Não acredito naquilo que digo pois não há Forças para voltar para casa Sente o calor que passa por nós Gente não sente o seu passo atrás Máquinas transpiram seu suor Para que o amanhã seja melhor que ontem Esta vida não foi feita pra mim Minha irmã vamos sair daqui Hoje não chove nem cai pilim O tempo corre e não pára aqui Cruza os dedos e faz muita força Para que o teu desejo fuja da forca O ritmo da cidade não pára A vida desta gente não anda O sol que brilha no céu não sara A dor que pulsa cá dentro é que manda
13.

credits

released June 28, 2019

Artwork: Ângela Polícia
Design: BEK

Production: Ângela Polícia
Co-Production: Lucas Palmeira
Recording: Ângela Polícia, Lucas Palmeira & Emanuel Fernandes
Mix: Lucas Palmeira & Â.P.
Master: Lucas Palmeira (Audio Incal)
Studio: F Studio, Audio Incal

Composition, Beats, Lyrics & Vocals: Ângela Polícia
Band: Força de Intervenção
Drums: Rui Rodrigues
Bass: André Pepe
Guitar: Emanuel Fernandes & Â.P.
Percussion: Jorge de Carvalho, Rui Rodrigues & Â.P.
Back Vocals: Leonor Coutinho, Sara Maui, Suzanne Zwaap & Â.P.
Noise: MOCA

Collabs: Razat, Pesca, Beiro, Arit, Cachupa Psicadélica & Força de Intervenção

Support: Audio Incal, Casa Canto, Crate Records & gnration

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about

Ângela Polícia Antwerp, Belgium

"Ângela Polícia é uma manifestação de intervenção social e espirros emocionais.
Numa fusão de vários estilos musicais urbanos como hip-hop, dub ou punk, Â.P. aborda temas variados como consciencialização, injustiça, violência, depressão, união, rotina, boémia ou sobrevivência.
Não é preciso esconder as armas e o material que este Polícia está do nosso lado."
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